Não canso de dizer que Cabo Polonio é um dos lugares mais mágicos desse país, uma beleza em estado bruto, um lugar autêntico e único.
Sempre que passamos o réveillon em La Paloma aproveitamos para esticar as férias em Cabo Polonio, mas no último verão estavamos com Gabi tão piquitica (4 meses) que achamos melhor não encarar o saculejo do caminhão para chegar na praia.
Esse ano nos sentimos confortáveis para fazer a viagem em família e fomos felizes reencontrar nosso paraíso! :)
Para chegar na vila há toda uma aventura: tudo já começa a mudar de cara quando chegamos na altura do km 264 da Ruta 10.
Cabo Polonio faz parte de um parque nacional e por proteção apenas veículos autorizados podem circular lá dentro. Quem chega de carro precisa parar no estacionamento e seguir em caminhões como esse da foto.
Na teoria agora em janeiro os caminhões partiam a cada 1h, nós chegamos em cima da hora e não conseguimos lugar livre, mas em menos de 15 minutos apareceu outro caminhão vazio e pudemos seguir viagem sem muita espera.
São 7km balançando entre dunas e bosques num percurso que dura quase meia hora. No caminho as paisagens são arrebatadoras e revelam os segredos de um dos destinos mais pitorescos que conheci na vida: tudo é muito simples e rústico, meio improvisado, despretensioso, natural.
Cabo Polonio tem uma energia diferente, é difícil explicar o que torna tão especial. Não tem luz elétrica nem água corrente, as ruas são todas de areia, o ritmo é lento e de paz.
A passagem do caminhão ida e volta custa 200 pesos (aproximadamente 25 reais). A volta não precisa marcar um horário, é só chegar no ponto e esperar na fila.
Nós fomos só passar o dia, chegamos de manhã e voltamos no meio da tarde para La Paloma. Deu para aproveitar bastante, ficamos um tempo na praia La Calavera e por volta do meio dia quando o sol ficou mais forte nos refugiamos no restaurante Lo de Dani que tem uma sombra boa para almoçar com tranquilidade.
Não achei os preços caros, nada muito diferente do que pagamos em Montevidéu. Pedi de entrada uma porção de buñuelos de algas, os bolinhos fritos de alga marinha típicos da região, que custou 170 pesos e meu prato principal foi peixe com batatas fritas e molho de queijo por 380 pesos.
Depois fomos passear no farol, a subida custa 25 pesos e a vista é sensacional. Gabi fez a soneca do dia na base do farol curtindo a sombra, o barulhinho do mar e dos lobos marinhos fazendo a festa.
Daí voltamos para o centrinho e pegamos o caminhão de volta. Os amigos que nos acompanhavam foram curtir a praia Sur que estava divina bem verdinha e gelada.
A água do mar é sempre gelada, mas o banho é uma delícia, vale a pena encarar os primeiros segundos congelantes rs.
A água do mar é sempre gelada, mas o banho é uma delícia, vale a pena encarar os primeiros segundos congelantes rs.
Morri de pena de voltar, o dia estava incrível, mas não quis abusar e passar o dia inteirinho com a pequena na praia, o calor em janeiro é forte, nós levamos um guarda-sol e garantimos sombra o tempo todo (não tem árvores nas praias, não rola sombra natural, recomendo que levem ou aluguem).
Cabo Polonio funciona bem para um bate e volta só para quem faz base nas cidades próximas, como Águas Dulces ou La Pedrera, jamais para quem está em Montevidéu, desde a capital são boas 5h de viagem e um bate e volta de 10h de viagem é loucura total.
Para a experiência ser completa e ainda mais especial vale a pena passar uma noite e ver o céu todo estrelado curtindo o movimento dos bares com viajantes do mundo todo.
Para a experiência ser completa e ainda mais especial vale a pena passar uma noite e ver o céu todo estrelado curtindo o movimento dos bares com viajantes do mundo todo.
Na saída pagamos o estacionamento (190 pesos a diária) e eu já fazia planos para voltar.
Quem mais está contando as horas para viver a magia de Cabo Polonio? :)
Quem mais está contando as horas para viver a magia de Cabo Polonio? :)