Consultoria de Viagem no Uruguai

Quem nos acompanha no Instagram já está mais familiarizado com o serviço de consultoria de viagem para o Uruguai que começamos a oferecer em parceria com a agência Seja Viajante.


Estou bem animada com o projeto e queria contar um poquito más como tudo funciona aqui no blog.


Nossa consultoria é um serviço personalizado que vai te ajudar a planejar, organizar e reservar toda a sua viagem, é tudo pensado e adaptado ao seu perfil, orçamento, interesses e necessidades. 


Fazemos duas reuniões online: na primeira buscamos entender o seu perfil, o que você está buscando nessa viagem, quais são suas prioridades e expectativas, também esclarecemos as dúvidas sobre o destino e apresentamos possibilidades. 


No segundo encontro, entregamos a viagem desenhada sob medida, um material com todas orientações e sugestões de atividades, além de um roteiro personalizado (detalhado com a programação diária para manhã, tarde e noite).


Nesse processo, a agência pode realizar as reservas de voo, hospedagem, seguro viagem, aluguel de carro, de passeios no Uruguai, todo o suporte antes e durante a sua viagem.


A consultoria otimiza o seu tempo e também dinheiro, pode até soar contraditório falar em economia quando estou falando sobre contratar um serviço a mais na sua viagem, mas esse apoio vai te ajudar a encontrar as melhores opções, aprimorando os recursos para uma experiência mais autêntica, evitando desperdício e potenciais ciladas (havendo perrengue - afinal ninguém pode garantir uma vida sem imprevistos - você conta com um suporte para ajudar a solucionar, ou seja, estará amparado antes e durante a viagem).


Propomos uma imersão por quem efetivamente entende o Uruguai, mais o acompanhamento por quem tem a prática no operativo de turismo. Unimos expertises para oferecer um serviço completo e diferenciado na sua viagem ao Uruguai. 


Nos últimos tempos vimos uma oferta muito grande de consultorias, muita gente que visitou ou morou num lugar oferecendo serviços turísticos  e é preciso separar o joio do trigo


No lançamento da nossa parceria recebemos uma pergunta bem capciosa - para não dizer hate mesmo hehe, se fosse um cuidado genuíno viria de outra forma - sobre nossas credenciais para vender um serviço assim. Não tá errado, não. É importante - e necessário - falar disso também. 

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O que fazer com crianças em Montevidéu

Um post com dicas de passeios com crianças em Montevidéu.

Aproveitando que tivemos o dia das crianças no Brasil agora em outubro (como curiosidade no Uruguai o Día del Niño se celebra em agosto), publiquei no instagram um vídeo curtinho com um dia nosso no Parque Rodó.

Mencionar o Parque Rodó aqui em casa já é sinônimo de sucesso, não preciso nem dizer qual proposta exatamente vamos fazer para minhas meninas já ficarem animadas (sou mãe de duas, a Gabriela de 9 anos e a Olivia de 2 anos). 


Montevideu com criancas


Nesse dia encontramos minha comadre Sabrina - também brasileira e mãe de 3, olha ela contando a experiência de viver no Uruguai com crianças nesse post de 10 anos atrás, fiquei tentada a repetir essas perguntas uma década depois, será que mudou muita coisa? Três crianças nasceram nesse intervalo hehe - no casa duas minhas e a terceira dela - mas essa sou eu saindo do tema do texto, help! - começamos tomando um café delícia no Patrimônio: um casarão lindo e todo restaurado, super aconchegante e gostoso.


Fomos de carrot cake, brownie, limonada e café: doçura e felicidade. Eu adoro as propostas dessa região, desde o Mercado Ferrando aos muitos restaurantes e cafés, no nosso Guia Digital de Montevidéu temos tudinho mapeado, a melhor curadoria para você só chegar e curtir! <3


Daí seguimos uns 15 minutos andando em direção ao Parque Rodó (que é o nome do bairro e também do parque propriamente dito, tanto a área verde como os brinquedos que mostrarei a seguir).


Os pequenos brincaram na área verde do parque, tem bastante espaço para correr livremente, sombra de árvores, um lago com pedalinho, uma fotogaleria a céu aberto, é bem gostoso para passar o dia. 


Nosso passeio incluiu a visita na biblioteca mais legal da cidade para as crianças no Castillo del Parque Rodó, fica dentro desse mini castelo que encontramos no lago do parque. Mexe muito com a imaginação deles entrar num castelo e ter livros incríveis à disposição. Recomendo. Funciona de segunda a sábado das 10h às 15h45.

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Doce de Leite Uruguaio: os melhores

Na última quarta - dia 11 de outubro - comemoramos o dia do dulce de leche, talvez a delicia doce mais amada - e famosa - do Uruguai. 


Até tem quem não goste - desconfio bastante dessas pessoas haha - mas a maioria tem essa memória afetiva que vem da infância, da hora da merenda, do recheio dos bolos de cumpleaños, como temos com o o brigadeiro.


Daí a singela homenagem desse bloguito vai ser a repaginada na lista de preferidos, o último texto exclusivo sobre os doces de leite nacionais escrevi em 2017.


Novas marcas surgiram, algumas desapareceram de vista, muitas ampliaram o leque de produtos - versão sem açúcar, sem lactose, tipo 'caseiro', tradicional, etc.


Eu não sei até que ponto é nostalgia minha ou realidade, mas sinto diferença no sabor do que encontro hoje no mercado. O doce de leite da Narbona antes me alucinava, agora já não tem esse efeito. Continuo comprando e achando delícia - afinal doce de leite, né haha - mas parece outra receita (menos emocionante que a anterior).


1. El Silente


Vem no posto 1 porque virou mesmo o preferido. Venho falando do doce de leite El Silente no instagram há anos e todo mundo que prova, entra no coro. 


Tem essa promessa de trazer o sabor do doce de leite de toda a vida feito pelas abuelas. O projeto nasceu quase ao acaso: Gonzalo, o proprietário, abriu um pequeno restaurante na chácara da familia com a ideia de fazer comida de campo, tradicional e no menu era óbvio que apareceria uma sobremesa com doce de leite. 


Foi quando resolveu experimentar uma receita caseira, comprou o leite fresco numa granja e pediu a receita a uma vizinha, a Elvira. Já na primeira tentativa ficou impressionado como o sabor não se assemelhava aos doces dos mercados, era mais saboroso e complexo. Detalhe que não passou despercebido pelos clientes.


Da receita original foi testando outras possibilidades ate chegar na própria versão: reduziu a quantidade e tipo de açúcar, substituiu a essência pela fava de baunilha, experimentou com diferentes fornecedores de leite. 



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As mudanças e fofocas próprias

Eu sempre tive um pé atrás sobre usar o alcance do Viver Uruguay para trabalhar com empresas de turismo, primeiro porque não me agrada o modelo de turismo de massa (pacotes mais engessados, público grande, etc etc), segundo porque acho mesmo que precisei de todo esse tempo para amadurecer as ideias.


Nesses anos de blog recusei algumas propostas (indecentes em sua maioria haha, contribuindo para meu ranço com o marketing digital, muita coisa que a gente vê é mentira e falsidade, um monte de gente basicamente se detesta, mas aparece sorrindo junto porque no fim das contas é conveniente), mas nunca deixei de produzir. 


Assim no meu ritmo, no meu jeito, bem low profile. A blogueira estranha que quase nunca mostra a cara, não se apresenta nos lugares e paga o que consome (entendia como liberdade-rebeldia literária hehe, me permitia falar só do que queria e do que gostava), conto nos dedos de uma mão o que rolou aqui na faixa.


Daí que depois de dez anos ainda sentindo desejo de escrever, fotografar, compartilhar, colaborar com as viagens e dúvidas de gente que eu nunca vi mesmo recebendo zero reais hehe, percebi que realmente eu gosto disso e sei fazer muito bem (sem falsas modéstias, já temos esse nível de intimidade, por favor). 


A leitura que faço desse país mais a curadoria de lugares e experiências, impacta positivamente no aproveitamento das viagens das pessoas.


Venho fazendo um trabalho de qualidade há anos e que demanda muito do meu tempo tanto na produção (redação, edição) como no atendimento e divulgação. 


Uma atividade que ocupa aquele lugar de esperando uma brecha para acontecer, nos intervalos entre a maternidade - sou mãe expatriada de duas crianças, quem viveu sabe o corre que é -  e o trabalho 'real' que paga os boletos (afinal não somos herdeiros e não vivemos de luz).  A venda de guias ao dia de hoje é simbólica, nunca correspondeu a um salário.


E nesse ritmo o HD fica por anos com fotos que nunca viram a luz, um monte de texto pela metade, o e-mail uma pilha de não lidos que as vezes respondo com semanas de atraso, o feed do instagram fica frequentemente meses parado, embora eu mexa um pouquinho em tudo cada dia - e ainda invente novidade hehe, como a newsletter - não é suficiente.


Mas, a mudança chegou. Tô no meio do furacão de um monte de coisa acontecendo (talvez com o olho piscando de nervoso nesse exato momento), desde mudança física de endereço à organização de trabalho. 2024 vem com a profissão blogueira em tempo integral. Animada e as vezes desesperada também hehe. 



Olha, uma blogueira! :)


Dentre as novidades, já está em andamento a consultoria de viagens para o Uruguai em parceria com a agência Seja Viajante.
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Propostas para o Dia do Patrimônio em Montevidéu

Estava escrevendo nossa newsletter (se você ainda não está inscrito, fica aqui o convite) e compartilhei os 5 passeios em Montevidéu que mais gostaria de visitar nessa edição 2023, daí que foi pouco porque o evento é incrível e enorme, oferece uma centena de atividades culturais gratuitas e vim aqui me estender um pouco mais.


O primeiro post que tenho sobre o Dia do Patrimônio data de 2012 e mais de 10 anos depois ainda estou aqui descobrindo a cidade, me encantando com sua história (e não menos importante hehe, mantendo a coerência no que acredito e me impulsiona a estar nesse mundo virtual).


No Uruguai no mês de outubro é celebrado o dia do patrimônio nacional, um fim de semana com dois dias completos de eventos onde muitos edifícios governamentais, museus, instituições educacionais, igrejas e até casas particulares que tem interesse histórico ou arquitetônico ficam abertos gratuitamente ao público.


O conceito de patrimônio é amplo e inclui bens materiais e imateriais, dessa forma desde os monumentos históricos até aspectos culturais como as formas de expressão ou ritmos musicais tradicionais, por exemplo, são festejados.



Cada ano há um tema principal em evidência, já tivemos as tradições rurais, o teatro nacional, a liberdade e a união de povos, cultura afro-uruguaia, a linguagem dos uruguaios que culminou na publicação de um dicionário espanhol do Uruguai, dentre outros.


A edição desse ano que acontece nos dias 07 e 08 de outubro tem como tema central os "Construtores de Escolas' e homenageia três arquitetos: Alfredo Jones Brown, Juan Scasso e José Scheps, todos reconhecidos pela contribuição na chamada arquitetura da educação do país.


Todo ano esperamos o Dia do Patrimônio para revisitar ou descobrir joias 'perdidas' na cidade, efetivamente mobiliza a população, eu acompanho amigos de diferentes bolhas aproveitando as propostas.


A programação dos museus fica maravilhosa, mas eu sempre dou prioridade em conhecer o que não está normalmente aberto ao público, parte da programação é feita com lugares que abrem especialmente/unicamente para o evento. 


Os temas sempre ensinam e ampliam debates, consciência, a valorização do bem comum. Só lendo o folheto desse ano e pesquisando as ofertas já abri a mente para várias ideias, conheci novos nomes e lugares. 


A potência também que é esse olhar apreciativo, de enxergar belezas mesmo, de apropriar-se da história, um que de olha tudo isso que nós temos, o que fomos capazes de construir e o que precisamos cuidar, preservar, lutar.


Efeito urgente e necessário, semanalmente acompanhamos denúncias de descaso, abandono e demolição do patrimônio arquitetônico das cidades, além de outras problemáticas relacionadas.


Sem mais delongas, vamos a programação que está integralmente disponível no site do Ministério da Cultura. Você pode buscar por região (vou falar no post só de Montevidéu, mas abrange todo o país).


Na newsletter o top 5 ficou assim:

  • Club Uruguay (essa boniteza da foto acima que é um desbunde de perfeito também por dentro, veja aqui e já conheça uma das contas mais legais sobre arquitetura no Uruguai)
  • Hogar Schiaffino (pirei ano passado quando vi as fotos desse lugar nas redes sociais, para quem ama arquitetura, detalhes de época, é imperdível) 
  • Palacio Pietracaprina, a residência oficial do embaixador do Brasil. Como muitas das propostas, é um espaço que abre ao público unicamente no Dia do Patrimônio.
  • Casa Quinta de Aurelio Berro (pra mim uma das obras mais fantásticas da cidade)

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A Casapueblo vale a pena

Numa publicação aleatória no instagram surgiu o questionamento se a Casapueblo era uma atração que valia a pena ser vista por dentro ou se apenas olhar de fora era suficiente.  


Me perguntam com certa frequência se eu recomendo mesmo fazer a visita e o desenrolar dessas conversas quase sempre se repete: a pessoa ouviu de algum conhecido que foi lá e não gostou ou leu em algum blog alguém dizendo que não era assim tão interessante, plantando a dúvida nesse futuro viajante.

Como pessoa que tá nesse rolê de escrita de vivências há mais de uma década (vulgo blogueira de viagens hehe), busco entender - de verdade - o que uma experiência precisa ter para cumprir, satisfazer o ser humano. 

As pessoas são diferentes, tem interesses diversos, gostos múltiplos e isso é bonito. 

Para gustos, colores é uma expressão em espanhol que define esse leque de opções que felizmente temos para encontrarmos algo do nosso agrado. Nem todo mundo vai amar a mesma coisa e tá tudo bem.


A pessoa não precisa se aproximar da obra do Vilaró - ou de qualquer outro artista - e sair necessariamente emocionada, tocada, identificada. Mas o que leva alguns visitantes a dizerem que não vale a pena é um negócio que eu jamais consegui entender.




Um lugar que tem arte, uma vista linda para o mar, mais um valor intangível de coisas que passaram ali, a casa foi o refúgio de um homem que criou, ousou, viveu. Para além da obra, tem o contorno da trajetória humana. Tudo ali exposto. 

Os pincéis, as cores, as paisagens que alimentaram processos criativos, o acervo de imagens e vídeos, os becos que abrigaram encontros mil. Uma casa moldada com as mãos. Se isso não for suficiente para inspirar, provocar, trazer um aconchego nas subjetividades, eu me pergunto o que então preenche um camarada que não encontra valor nessas coisas? Quais histórias, quais belezas?
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Uma tarde em Santa Ana

De uma tarde delícia antes do frio chegar.


Um refúgio a poucos minutos do centrinho mais charmoso do Uruguai: apenas 22km antes de chegarmos em Colonia do Sacramento encontramos o balneário Santa Ana.


O cartaz discreto à esquerda da ruta passa inadvertido para a maioria dos turistas. 


Pudera, não tem nada exatamente famoso, nenhuma lista do que fazer ou grandes referências. Para ser honesta nem mesmo a santa eu conhecia, fui levada pelo boca boca de amigos uruguaios crescidos no oeste, não faz muito um conhecido nosso trocou a capital pela calmaria desse lugar bonito, não poucas vezes cogitamos fazer o mesmo.


Não fizemos e nossas visitas passaram a ser acompanhadas também dessa camada de sonho e dúvida: 'e se?'. 


Um desvio que se faz entre o verde abundante e poucas curvas, o balneário logo se apresenta com muitas ruas ainda de terra batida. O silêncio só interrompido por pássaros vagarosos. 


Dicas Colonia Uruguai

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5 dicas de Airbnb em Montevidéu

Dia desses fiz uma enquete no Instagram perguntando quais temas as pessoas queriam ver aqui no blog e dicas de Airbnb em Montevidéu foi um dos mais votados, tinha certeza que perderia para dicas de hotéis hehe, mas fui surpreendida.

Talvez a nova normalidade tenha contribuído para essa mudança de preferências, eu já fui a viajante que só escolhia hotel qualquer que fosse o contexto, hoje só busco se for uma viagem muito curta de 1 ou 2 dias, mais que isso vou direto procurar casa ou apartamento, acho mais fácil adaptar e improvisar quando estamos viajando com as crianças (nossa realidade 99%). 

No Uruguai temos usado o Airbnb com certa frequência, não temos mais residência fixa na capital e alugar apartamentos temporários tem sido nosso caminho para equilibrar férias e trabalho.

As dicas que trago foram realmente testadas, pagas normalmente pela plataforma (dá até para ler as avaliações que deixei), foram lugares que reservamos acreditando que cumpria nossos requisitos de preço, localização e bem estar. 

Não tem nada glamouroso porque otimizo nossos recursos viajando (mão de vaca talvez),  basicamente fico satisfeita com um espaço limpo, funcional e simpático. O que sobra gasto com comida, obrigada hehe.

Viajamos bastante e nunca pegamos uma grande cilada, acho que o segredo é ler com atenção tanto a descrição (horários de check-in/out, se tem roupa de cama e banho incluídas, ar condicionado ou calefação, perguntar coisas que considero importantes mesmo quando parecem pequenas ou óbvias, se tem mais de um jogo de chave disponível, por exemplo) como as referências de outros hóspedes. E ter bom senso.


Tenho a experiencia de estar do outro lado - alugando nosso apartamento em Salvador para viajantes - e razoabilidade é um negócio curioso. 

Tem hóspedes muito particulares, eu poderia fazer um livro de contos ou crônicas com várias situações inusitadas, várias alegrias também, pese aos caos do mundo, eu ainda gosto de gente, recebia pessoas de graça em casa no tempo do Couchsurfing, quem conheceu?

Mas, nossa senhora da divagância, as dicas de Airbnb em Montevidéu. 
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Melhor parrilla de Montevidéu: La Barra

A pergunta de milhões desde sempre: qual a melhor parrilla de Montevidéu?


Ao longo desses 11 anos escrevendo aqui a minha resposta foi mudando, algumas opções nunca saíram de cena (beijo La Pulperia, um belo exemplo sustentando a qualidade há tantos anos), outras foram deixando de fazer sentido pra mim que também fui passando a comer bem menos carne. 


Hoje em dia passo até mal depois de ir numa parrilla e comer suas porções generosas. Para encarar o fim de noite tomando chazinho digestivo - o fim da xuventude, quizás - o negócio tem que ser bom e nisso fui perdendo o interesse de provar novidades - pelo risco hehe, deixando isso para outras esferas - e de repente todo mundo falando cê tem que ir no La Barra.



Daí que me rendi, fui conferir e pelo título desse post já está claro o resultado: a melhor carne que comi em muito tempo em parrillas em Montevidéu, macia, suculenta, tudo na medida. 

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Caliu: Hotel ecológico em Colonia

Hoje vou contar do nosso fim de semana no Hotel Caliu, uma hospedagem diferente e especial em Colônia do Sacramento.


Fica distante apenas 6km do centrinho histórico mais fofo que a gente conhece no Uruguai, é bem perto, mas já afastado o suficiente para proporcionar outro cenário e uma experiência mais slow, de campo, natural.


Foi o primeiro hotel autossustentável do Uruguai, construído em 2019 com base no modelo Earthship Biotecture criado pelo arquiteto norte-americano Michael Reynolds. 


Um método ecológico de construção que utiliza materiais naturais e reciclados - como pneus, garrafas de vidro, latinhas, papelão. 


Trata-se de um sistema inteligente e funcional que dentre outras características pode armazenar, filtrar e redirecionar a água da chuva para diferentes fins, usar energia solar, é capaz de regular a temperatura interior com base na estrutura e materiais empregados na construção, não dependendo assim de ar condicionado ou calefação, etc.




Um tipo de construção que não gera impacto ambiental, ajuda a reciclar e repensar novas formas de habitar com beleza, propósito e funcionalidade. O Michael e sua equipe já viajou o mundo inteiro levando essa expertise para diversos projetos, tanto públicos como privados.


O projeto em Colonia é uma iniciativa da Jessica e do Mauro, um casal de argentinos que se instalaram no Uruguai e apostaram nesse sonho bonito de vida: abrir um hotel ecológico

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Por vichar em Chihuahua

Por vichar, foi minha resposta ao primeiro como nos encontraram (do verbo olhar com curiosidade no jeito mais uruguaio de ser). 


Procurando terrenos na região, passei pelo que pensei que fosse uma cafeteria, guardei no mapa para visitar outro dia com mais calma. Voltei e descobri que se trata de uma tostaduria pequenina a poucos metros do mar em Chihuahua. 


Talvez o balneário com nome mais estranho do leste, possivelmente o menos careta, onde fica a praia nudista com um por do sol escandaloso de belo e também muitos estabelecimentos com bandeira lgbtq+, um filtro natural de gente com a mente cerrada, me diria mais tarde Matias. 


Era uma quarta-feira pré-temporada, só corria o vento. Paz e silêncio. O discreto cartaz dizia fechado, então resolvi ligar para confirmar o horário. Estava aberto, a placa do avesso foi pelo vento ou esquecimento.



Matias abriu o portão simpático e nos convidou para entrar contando com entusiasmo sobre o projeto: café de especialidade, ecológico, inclusivo. Ele uruguaio, a companheira austríaca, ambos professores de tango com longa experiência em projetos sociais com adolescentes e PcD mundo afora. 

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Comer gastando menos em Montevidéu

Eu queria poder fazer um título mais apelativo: 'Comer bem e barato em Montevidéu', mas cá entre nós seria um grande exagero hehe. A gente até consegue gastar menos, mas barato - barato mesmo - é outra conversa.


E tem muitos temas que eu puxaria antes de falar de preço, o primeiro é que comida é cultura - e política - em vários aspectos: o que comemos e como comemos diz muito sobre um lugar.


Logo, viajar e se aventurar por sabores locais é parte de uma imersão literalmente gostosa de viver.


Um belo e clássico chivito uruguasho no Su-Bar.
 

Acontece que eu tenho em casa - beijo, mãe - uma pessoa resistente a sabores novos (e veja bem, morei em quatro países com gastronomias diversas e apresentá-las sempre foi um desafio), sei bem que muita gente prefere o conforto do que já conhece. 


É mais comum do que parece receber mensagens de leitores buscando restaurante brasileiro em Montevidéu até mesmo numa viagem de poucas horas (quem vem de cruzeiro e fica menos de 24h na cidade, por exemplo), a maturidade e mamãe me fizeram não julgar mais. 


Então, pega aqui a primeira dica do post: Uai Brasil, uma delícia de lugar no centro com nosso rico temperinho verde e amarelo.


Dito isso, vamos para as dicas para economizar na alimentação em Montevidéu.


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SPA entre vinhedos: Aroma de Ciprés

Uma experiência diferente a somente meia horinha do centro de Montevidéu. Uma pausa na rotina, um mimo que todo mundo merecia receber. 


Não lembro como cheguei nas imagens do Aroma de Ciprés, mas desejei desde o primeiro momento que vi. Um spa no campo cercado de vinhedos, mas com a praticidade de ser vizinho à cidade. 


O spa é projeto de duas jovens irmãs que se une ao negócio de toda vida da família: plantações de uvas tannat e moscatel - em sua maioria - que vendem para bodegas. As meninas cresceram nesse pequeno paraíso que hoje dividem com os afortunados visitantes.



O espaço é lindo. Cheguei num dia de sol de uma primavera bastante instável: suerte grande. 


Abundava uma luz dourada. Troquei a roupa pelo bikini e roupão, segui para a tina (o nome espanhol - também simpático - para ofurô). Tempo de hidromassagem. 


A cabeça custava a obedecer o comando de esvaziar. Focar no presente, no nada. Cobrava frenética a logística dos dias: tenho que buscar aquilo, consertar não sei o que, responder fulana, enviar um documento, agendar uma consulta, pagar os boletos, mas nossa, tudo tão lindo, devia ter trazido a câmera, etc. 


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Noite em Maldonado: La Curanderia

Bem verdade que não sou uma pessoa da noite, não mais. O rolê 35+ pede cadeira, gente. Começa cedo de preferência. Tem música boa e se for ao vivo melhor. Ambiente precisa ser acolhedor, ter personalidade. Só saio de casa se for assim hehe.

Com essas premissas cheguei no La Curanderia nessas últimas férias em Punta. A casa fica mesmo em Maldonado cidade, mas na prática é tudo tão pertinho que é mais como trocar de bairro.

Fomos recebidos por um quadrinho que dizia noches que curan. Certeiro. Arte, comida e buena onda: curam, definitivamente.

Nos sentamos no jardim e tocava Elegia, das minhas preferidas do Caê (amo tanto que tenho o vinil - sim, cringe - Cinema Transcedental, lançado antes de eu ter nascido, escute essa lindeza aqui). 

Baiana e profunda, não precisava muito mais para me conquistar. Mas teve. A playlist seguiu brasileiríssima e da melhor qualidade. Mais luz baixa, velas, quintal verde. Noite fresca pré verão como o Uruguai bem sabe fazer.


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Verão e hospedagem em La Paloma

La Paloma é o balneário afetivo da família desde muito antes de eu chegar, faz mais de 40 anos que meus sogros veraneiam por lá, mas faziam alguns veranos que eu estendia a canga em outras praias. 

Ano passado voltei e já no primeiro dia prometi não demorar mais tanto. Me hace bien.

E não gosto de mar com onda nem água fria, caribenha - quase - que soy, mas tem algo de mágico no verão uruguaio que envolve. Paz e simplicidade. Abundância. As coisas como são. Desconexão. 

A gente ainda vai na praia como nossos pais, os deles, no caso. Pequenos rituais: yerba mate, cadeira, isopor, guarda-sol. A farofa tá permitida sem julgamentos (diria que só no Brasil se julga, mas pouca gente tá preparada para essa conversa). Um quê de hippie. Estado bruto. Leve.



Cada dia o céu pinta de uma cor, espetáculo. Ando cansada mentalmente, ritmo acelerado. Uruguay é sempre meu pé no freio. Lembrete de calma, respira. O agora. 

As férias de verão são simples. O que fazer é bem claro: hacer playa, un asadito, estar.  Raramente atualizo o blog com notícias de Rocha porque não tenho novidades - embora cada temporada a oferta gastronômica da região melhore e se amplie, as baladinhas pululam e tal - a gente fica tranqui

Almoços demorados, mesa cheia (los suegros, seus 4 filhos e parejas, 8 netos, 2 cachorros), tem massa caseira do abuelo, torta frita (essa instituição do verão uruguasho) quando o tempo fecha, churrasco.

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O ano que começou

Fevereiro quase acabando e eu finalmente consegui dar as caras aqui. Fazer login e escrever. O que? Dicas do Uruguai, ué. Parte da cabeça vai para o óbvio, outra para a conversa íntima de cada início de ano ou períodos de pausa. Como tá aí do outro lado? Puxa a cadeira, vem conversar.



Ano novo chegou com gosto de esperança coletiva, verão, minha galera festiva só querendo fazer a Piovani e postar foto bonita de bikini, obrigada. Não deu, mas continuamos.

E veio o carnaval (um adendo para a beleza disso, dois anos sem alegria nas ruas, me emocionei vendo à distancia a Baiana System arrastando multidões em Salvador, uma carne que já foi mais de carnaval e hoje não aguenta tanto ficar em pé, vibrou) e direto do sofá - com as crias todas ranhentas - abro os trabalhos do blog com um texto que não poderia deixar de ser uma especie de retrospectiva. 

A vantagem de aparecer meses depois da avalanche de reflexões do ano que passou e que ninguém conseguia mais ler uma linha é que talvez agora alguém consiga, ou não e tá tudo bem hehe.

Começamos 2022 no avião, viramos o ano no céu do Brasil (e para meu espanto não teve uma mini menção dessa passagem simbólica, 450 avisos durante o voo SP-Salvador haha, mas nenhum feliz ano novo fortuito que fosse, o jeito foi celebrar bajito, timidamente na nossa fileira) e aterrissamos na madrugada do dia primeiro de janeiro na Bahia amada. 
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