Venho recomendando há anos essa rota dos queijos artesanais - acho a melhor surpresa no caminho até Colônia do Sacramento - que ainda segue fora do radar do turismo de massa.
Essa parte do oeste uruguaio teve forte influência da imigração italiana e suíça, a cidade de Nueva Helvecia, por exemplo, é um caso curioso: até hoje eles mantêm os escudos dos cantões suíços de origem das famílias nas fachadas das casas e vários pontos da cidade fazem referência a esse legado.
As queijarias que facilmente encontramos entre as cidades de Colonia Valdense e Nueva Helvecia - distante apenas 60 km de Sacramento - são uma herança dos costumes desses imigrantes que trouxeram o conhecimento e a técnica da elaboração de queijos.
No paraíso, ou queijaria La Cumbre.
Há registros do ano 1891 que constatam a presença de 300 famílias de origem suíça e 100 queijarias instaladas no departamento de Colônia, um número expressivo, principalmente levando em conta o tamanho das cidades nessa região.
Daí que a diferença de clima, do gado e outros fatores, levaram à necessidade de improvisar e adaptar, surgindo então uma nova variedade de queijo própria dessas bandas: o queijo colonia. Batizado assim com o nome do departamento (Estado) onde nasceu.
É um queijo semiduro elaborado com leite de vaca que muita gente associa a um tipo Gruyère, um clássico - e uma delícia! - da gastronomia local.