Sobremesa 'Chajá'

Falou em doce, falou comigo! Hoje vou apresentar uma sobremesa tipicamente uruguaia! ;)

                                          Fonte: Google Imagens  

O postre chajá é originário da região de Paysandu - norte do país - e tem esse nome como uma anedota relacionando o bolo e o pássaro chajá: segundo os criadores da receita a plumagem do bicho lembraria a estrutura do bolo, juro que até hoje não peguei a subjetividade da coisa, só vejo parecida a cor amarela dos filhotinhos.

A receita é um sucesso nas bandas de cá, já fui a várias reuniões onde o bolo estrela da noite, aquele que todo mundo fica com água na boca esperando para cortarem logo, era o famoso chajá ou uma variação dele.

Foto da net de um pequeno chajá

Essa sobremesa é uma bomba delicinha e é composta pelo bizcochuelo (o bolo em si), merengue, o creme chajá que é o chantily e os pêssegos em conserva, algumas receitas são com morango, e algumas pessoas ainda colocam o amado doce de leite no meio também.

Vou deixar uma receita que encontrei para quem se animar a fazer:

Ingredientes do Bizcochuelo:

6 ovos
200 g de açúcar
1 colher de chá de essência de baunilha
200g de farinha de trigo
2 colheres de fermento

Bater bastante os ovos com o açucar na batedeira.


Com uma colher ou espátula incorporar a essência de baunilha; depois com o auxilio de uma peneira colocar aos poucos a farinha e fermento.
Untar uma forma e colocar a massa. Levar a forno pre-aquecido (180 graus) por aproximadamente 30 minutos.

Para o recheio:

Merengues picados - aqui vende pronto em qualquer padaria ou mercado, não sei a receita, sorry!

1 lata de pêssego em calda
250ml de creme de leite fresco
1/2 xícara de açúcar
3 claras
3 colheres de sopa de açúcar

Bater o creme de leite até começar a engrossar, agregar a meia xícara de açúcar. Reservar.
Bater a clara em neve com 1 colher de açúcar, quando estiver firme colocar as outras 2 colheres de açúcar.
Misturar esses dois cremes. Reserve metade.

Escorrer os pêssegos e reservar 2 metades para decorar a parte superior do bolo, cortar o restante.
Misturar os pêssegos cortados com uma parte do creme.

Cortar o bizcochuelo na metade ou em 3 partes. Colocar o creme/recheio, uma capa de bolo, o recheio, etc.
Na parte superior do bolo colocar o creme reservado sem o pêssego, cobrir com o merengue picado e decorar com o pêssego.

Algumas pessoas molham um pouco o bizcochuelo com a calda do pêssego, e antes de colocar o creme, passam uma camada de doce de leite. Dá para usar a imaginação!                                               
Eu a-m-o pêssego e acho que combina bem com sobremesas! 

Quem não quiser arriscar a receita tradicional do chajá, pode fazer um bolo simples, aquele mesmo tradicional do nosso café da tarde, e usar o creme com pêssego e doce de leite, fica uma delicia também!

Abraço! ;)

9 comentários

  1. Bem, como sou curioso e chato fui pesquisar da analogia entre o pássaro e o bolo. Então peguei este texto: “Segundo contam, a pessoa, ao observar esta ave com tanta plumagem aerada e de corpo tão leve, o comparou a sua sobremesa, adotando então este nome”... Mas sei lá, só quis ajudar!

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  2. “Falou em doce, falou comigo!”?... Pois falou em salgado, falou comigo! Sou daqueles que quando andam pela cidade, para em boteco, pede um pingado (café com leite) e detona uma coxinha ou esfiha... Sempre com pimenta! O que os uruguaios comem na rua? Um dia faz um texto sobre essas coisas estranhíssimas e curiosas, gostosas ou não, que se vendem pelos meios urbanos do país. Pode até estar prestando um serviço à saúde publica e turística.

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    1. rsrs obrigada pela ajuda, Alex! Ainda me parece subjetivo, mas o que importa mesmo é que o bolo é muito bom! ;)

      Ótima sugestão, vou escrever sobre petiscos, não há tanta variedade, nem consumo de pimenta que eu como boa baiana não dispenso nunca!
      Aqui se come muitoooo chivito e empanadas, e são divinos! Tem umas coisinhas de rua que podem ser interessantes, inclusive essa semana no trabalho ficaram chocados quando confessei que nunca tinha provado uma 'torta frita de la calle' rs.

      De coisa diferente mesmo encontrei o buñuelo que é um bolinho frito de algas que comentei no post de Cabo Polonio...

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  3. JA EXPERIMENTOU OS "CHORIZOS" DEL CARRINHO DE LA CALLE?...DIGO ISTO POIS SOU URUGUAIO DE MONTEVIDEO....E MORO HA 2O ANOS NO BRASIL..

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  4. TORTA FRITA FAÇO QUANDO CHOVE.MINHA FLIA BRASILEIRA ADORA..E TRADIÇAO FAZER NOS DIAS DE CHUVA EM INVERNO..MAS VAI BEM SEMPRE...TAMBEM TEM OS "PANCHOS"..DELICIOSOS..E BUÑUELOS DE ACELGA,ANIS...OU ATE BANANA..

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    1. Olá Roberto!

      Simmm, amo tudo isso rs!

      Não tenho frescura e adoro um pancho, choripan, churros dos carrinhos! Só a torta frita que fico um pouco mais cautelosa pela questão do óleo velho, mas se fizerem em casa como feliz rs!

      Buñuelos só comi de algas, nunca comi de acelga ou banana.

      Abraço! ;)

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  5. Mile, por gentileza, para o bizcochuelo a medida do fermento é colher de sopa? Sobremesa? Chá? Obrigada!

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    1. Oi Pati!

      A medida é colher de chá! Só agora vi que 'comi' essa informação no texto rs!

      Abraço!

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  6. Eu como uruguaio sinto falta das "masitas de ojaldre". já procurei aqui na Bahia mas mesmo nas melhores confeitarias não acho. Obs: Abrir um pacote do Chaja sem quebrar já faz parte do ritual.

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