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A Montevidéu de Galeano

Há tempos vi uma publicação em espanhol sugerindo um tour em Montevidéu inspirado no escritor Eduardo Galeano e achei a proposta genial.

Os lugares citados não eram nenhuma novidade pra mim, já os conhecia, havia passado inúmeras vezes por eles, mas li a matéria e fiz o itinerário mentalmente, a magia estava na sequência, na referência onipresente do Galeano em diferentes lugares da cidade catalogados numa tacada só.

Fui procurar o texto original, mas a internet - essa terra bandida - replicava em vários lugares e a surpresa foi ver o texto também em português na Folha.  Não sei quem escreveu ou onde foi publicado primeiro, só sei que não fui eu.

Sei também que não era segredo os lugares preferidos do Galeano, em especial na Ciudad Vieja: o Café Brasilero, a livraria Linardi y Risso, o caminho entre a rambla 25 de Agosto e Gran Bretaña. 

Foi o roteiro que intencionalmente escolhi fazer anos depois daquele passeio imaginário no sofá de casa. 

Convidei a Lu e fomos no início de uma manhã desayunar no Café Brasilero, a sorte sorriu e encontramos a mesa junto à janela vazia, era onde o Galeano costumava sentar para ver a vida passar sem pressa.

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Roteiro em Montevidéu: Tour de Comidas Locais

Há uns meses estive em Cartagena e fiquei empolgada com um tour bem comum que ofereciam por lá: o street food tour.

Tratava-se de um passeio pelas ruas da cidade acompanhado de um guia local que ia apresentando as iguarias típicas, aquelas comidinhas simples de todo dia mesmo, nada de raio gourmetizador dando pinta, a graça da proposta era provar produtos do cotidiano deles que são vendidos sem muita cerimônia nas ruas, basicamente nos tabuleiros, carrinhos e postos de vendedores ambulantes, como frutas, sucos, pães, frituras, doces, etc. 

Achei genial a ideia, pois acredito que a comida diz muito sobre os lugares.

Ok Jamile, bonita história, mas o que isso tem a ver com o Uruguai? Tem que eu comecei a pensar porque não rolava algo parecido no paisito e fiquei imaginando quais petiscos entrariam se houvesse uma versão charrúa da coisa.


E aí, amigos, da escolha imaginária das comidas já passei a criar um circuito turístico bem guloso e gostoso em Montevidéu. 

Um street food tour adaptado à realidade uruguaia que não pulula com tabuleiros e vendedores ambulantes nas esquinas, vale dizer, mas tem lá seus sabores corriqueiros e tradicionais que encontramos vez ou outra nas ruas e mais frequentemente nas padarias, pizzarias e parrillas de bairro.

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O domingo em Montevidéu

Roteiro Montevideu no Domingo

O domingo em Montevidéu é uma polêmica antiga na blogosfera viajante, basicamente corre o boato que é um dia perdido sem muito o que fazer na cidade.

Eu já comentei em outras oportunidades que discordo dessa ideia, não por ser algo totalmente equivocado, de fato o domingo em Montevidéu tem poucas atrações abertas e restaurantes badalados funcionando, mas eu não acho que isso implica em falta do que fazer.

Pra mim domingo é quando Montevideo mais se veste de Montevideo, o dia da semana mais autêntico do jeitão uruguaio de ser.
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Roteiro no bairro Malvín

Eu morro de amores pelo meu bairro e acho que todo mundo deveria esticar o passeio pelas bandas de cá. 

Há tempos prometo esse roteirinho, mas a verdade é que não sei explicar direito porque Malvín merece a sua visita: o bairro não tem nenhuma grande atração turística imperdível, daquelas que aparecem nas listas dos blogs de viagens justificando a necessidade de se afastar do circuito Pocitos - Punta Carretas.

Mas eu insisto, venha conhecer um lado mais residencial e tranquilo, caminhar pela orla ou praia, comer e beber bem curtindo a brisa do rio.

Roteiro alternativo em Montevidéu

Venha aproveitar esses dias de meia estação com solzinho, céu azul e clima gostoso, já não faz muito frio e ainda não faz muito calor, fica perfeito para colocar um calçado confortável e desbravar a cidade a pé ou de bicicleta.

Pensei em duas formas de iniciar esse roteiro, a primeira começando no bairro vizinho Buceo, mais especificamente no Museu Zoológico, uma construção bem inusitada que fica de cara para a rambla e guarda uma história curiosa: nos anos 20 um senhor dono de um cabaret encomendou a obra para ser um ""café"" (assim com muitas aspas porque as intenções eram duvidosas), seria chamado de Cabaré da Morte pela localização do prédio bem na curva da avenida, um ponto que já provocou muitos acidentes de trânsito.

Nos anos 30 a construção teve início, mas o negócio não funcionou e acabou virando a sede da Estação Oceanográfica que também não rolou por muito tempo. Passou anos fechado e em 1956 foi designado como Museu Zoológico.

Roteiro alternativo em Montevidéu

O acervo do museu não me agrada muito (sei lá, fico aflita com taxidermia), acho a área externa muito mais interessante: os arcos e pátio do prédio são ótimos para fotos, tem banquinhos para relaxar vendo a rambla e aparelhos de ginástica para quem é fitness até viajando.

Seguindo a caminhada rumo a Malvín, passamos pelo Greetingman - o homem que cumprimenta, conhecido popularmente como o coreano azul, uma escultura que gerou polêmica e foi um presente da Coreia do Sul representando a harmonia existente entre os países.


Mais adiante chegamos numa pracinha dedicada ao 'adulto mayor' (na Rambla República de Chile entre as ruas 9 de Junio e Colombes), tem mesas e bancos, árvores e sombra e uma boa vista para a praia de Buceo. Aproveite para descansar porque estamos na metade do caminho.

Pode parecer longe olhando no mapa, mas é muito fácil, faço sempre esse trajeto numa boa.

Mas quem quiser diminuir a caminhada, pode começar o roteiro desse ponto, o ônibus 104 pára justo a poucos passos da praça.

Aliás, o 104 funciona lindamente como um bus turístico, com a vantagem de custar menos de 3 reais, passa por toda orla de Buceo e Malvín e chega até o elegante bairro Carrasco.

Se você estiver fazendo esse roteiro numa terça-feira, pode subir pela rua Colombes e dar um pulinho na feira para viver uma experiência local.

Recomendo parar no carro de queijos e pedir um pedaço de queijo colonia, típico da região de Colonia, outro de dulce de membrillo e ser feliz comendo o tradicional Martín Fierro, a versão uruguaia do nosso Romeu e Julieta.

Daí é só voltar para a rambla e andar até a ponte de madeira mais fofa que dá acesso a praia.

Roteiro alternativo em Montevidéu

A praia de Malvín é a minha preferida da cidade, a ilhota Isla de las Gaviotas em frente dá um charme diferente, e no fim de tarde o pessoal do kitesurf aparece trazendo um colorido para a paisagem.

É uma praia urbana mais protegida, não está tão próxima do asfalto e barulho dos carros, como a praia de Pocitos, por exemplo, e a faixa de areia é maior, a sensação é que não ficamos tão amontoados e temos mais liberdade para estender a canga.

A praia é uma delícia para descansar, pegar sol, ler um livro, assistir o por do sol e dependendo do dia, rola até banho (há dias que a água do rio está bem barrenta, outros bem transparente).

Roteiro alternativo em Montevidéu
Roteiro alternativo em Montevideu

A essa altura a fome deve estar aparecendo e a boa notícia é que não precisa nem sair da praia para ter um almoço gostoso e descontraído.

O restaurante Salmuera fica na rambla O'Higgins (número 4748) de cara para o rio e a ilhota, é uma das melhores dicas que poderia dar para quem visita Montevidéu, está fora do circuito turístico, será seu achadinho da viagem, a vista é linda, a comida uma delícia e o preço bom (pratos a partir de 390 pesos).

Roteiro alternativo em Montevidéu

Quem estiver com o orçamento mais apertado ou quiser gastar menos no almoço a dica é o La Gándara (rua Amsterdam, número 1449, esquina Velsen), o local abriu recentemente e é uma mão na roda quando estou na correria e não consigo cozinhar. Vendem comidas prontas, o menú é bem uruguaio com canelones (panquecas), lasanhas e tortas salgadas, é gostoso e barato: as porções custam em média 150 pesos.

Terminado o almoço, caminhe um pouco mais pela orla e procure a sorveteria Del Abuelo (rua Orinoco, equina Michigan, logo depois do Salmuera no sentido do bairro Punta Gorda), dos sorvetes artesanais mais maravilhosos da cidade.

Os sabores são bem originais, tem coisas como limão e manjericão, laranja e cardamomo, bolacha maria e doce de leite, vale demais a visita.

Roteiro alternativo em Montevidéu

Volte para assistir o por do sol na rambla e antes de deixar o bairro, dê um pulinho na padaria Nueva Malvín (rua Hipólito Yrigoyen, número 1419, fica quase na rambla na parte da ponte de madeira) e como bom uruguaio leve uns bizcochos para casa hotel.

Roteiro em Montevidéu

Roteiro alternativo em Montevidéu

A padaria é uma das minhas preferidas (eu sei, já falei da praia, devo ter dito do restaurante e sorveteria, e agora da padaria, é que esse roteiro tem muito do meu cotidiano), tudo é gostoso, se você for formiga como eu, vai ser difícil sair só com os bizcochos rs!

Quem topar conhecer o bairro vai ter um dia um tanto diferente longe das atrações turísticas clássicas, mas seguramente terá um dia feliz! :)

Me contem depois o que acharam, marquem as fotos no Instagram com a hashtag #viveruruguay, vejo todas e adoro (o perfil tem que estar desbloqueado) e capaz nos encontramos na feira ou na praia...

Abraço!

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Roteiro em Montevidéu: Uma tarde no Centro e Ciudad Vieja

Mês passado recebi amigos em casa e além da alegria de rever pessoas queridas, essas visitas rendem ótimos passeios na cidade.

Sempre dou um jeito de turistar junto e acabo revisitando cantinhos que gosto bastante e muitas vezes aproveito para conhecer lugares novos. 

Passamos uma tarde tão bacana que achei que valia a pena compartilhar nosso roteirinho no blog. 

Saímos de casa com pouca coisa definida, os amigos eram daqueles bons de viagem, gente sem frescura e com muita energia e vontade de descobrir o mundo. Tinhamos muitas opções no caminho que despertavam interesse: museus, galerias, lugares para fotografar, para provar comidas, observar o cotidiano, etc.

Pegamos o ônibus 104 aqui na porta de casa com destino ao Centro de Montevidéu. 

O trajeto já é quase um passeio, por meros 22 pesos de passagem fomos curtindo a rambla de Malvin, passamos pelo Puertito Buceo com todos os barquinhos fazendo graça num dia bem ensolarado e fresco, seguimos por Pocitos, cruzamos a Boulevard Artigas e caímos no Centro, mais especificamente na famosa Avenida 18 de Julio. 


Na Avenida 18 de Julio é um prazer ir observando aquele ritmo de centrão: muitas lojas, prédios comerciais, barraquinhas de rua, gente indo e vindo, a rotina deles acontecendo ali. 

E da janela do ônibus já podemos nos perder nos detalhes dos edifícios antigos, é notório que muitos estão precisando de cuidados, mas há tantos e tão lindos. Os entendidos definiriam Neoclassicismo, Art Decó, Modernismo, etc, eu leiga só me deixo levar pelo prazer de contemplar o charme e a beleza das construções. 


A parada da esquina Ejido foi se aproximando e descemos rumo a primeira atração do dia: o Mirador de la Intendencia

Pegamos os tickets na Oficina de Informaciones Turísticas e seguimos para o elevador panorâmico. Do alto do piso 22 a vista nunca decepciona: Montevideo aparece encantadora com o majestoso Rio de la Plata de um lado, prédios e ruas arborizadas do outro.

É ótimo para ter uma noção da cidade e fazer muitas fotos. E é grátis, você encontra mais informação nesse outro post

Ainda no prédio da Intendencia tem uma galeria fotográfica da CdF e o Museu de História da Arte, atrações também gratuitas.

Nós pulamos a galeria e o museu e fomos andando em direção a Ciudad Vieja. No caminho está a Fuente de los Candados, a esquina mais romântica do centro e lá nos distraímos com os cadeados e mensagens dos apaixonados. 

Não deixamos nossa marca na fonte, mas você pode se divertir procurando um espaço para prender um cadeado e guardar seu amor por toda eternidade. Diz a lenda que isso garante que o casal voltará a Montevideo, quem sabe na lua de mel ou bodas de papel!? ;)

Mais alguns passos e chegamos a Plaza Cagancha e Mercado de los Artesanos, se você gosta de artesanato é uma boa parada, aí é um dos melhores lugares para comprar souvenirs.

Do Mercado de los Artesanos até a Plaza Independencia é um pulo, o Palácio Salvo dá a dica que estamos perto da praça e das muitas atrações da Ciudad Vieja.


No centro da praça está o Monumento a Artigas, uma construção que foi aprovada em 1882, mas só foi inaugurada em 1923.

Resumindo absurdamente a história, buscando apenas dar uma noção básica da importância de José Artigas, ele é considerado o 'máximo prócer do Uruguay', 'el padre de la Pátria Oriental', tido por muitos como a figura mais ilustre da nação em razão da sua atuação nos movimentos de independência. 

E aí sob a estátua se encontra o mausóleo com os restos mortais do General Artigas. Confesso que acho um tanto esquisito, mas está aberto a visitação para quem tiver interesse em conhecer.

Daí da praça atravessamos a rua e fomos visitar o Museo de la Casa de Gobierno, conhecido também como Palacio Estévez. 

Esse museu presta homenagem à democracia uruguaia e aos presidentes da república de distintas épocas. A entrada é gratuita e a visita não é guiada, eles entregam um panfleto com as informações e cada um se vira

No dia que fomos foi difícil se concentrar na leitura porque tinha uma funcionária possuída pelo ritmo ragatanga aos gritos no telefone supostamente porque um colega de trabalho estava bancando o espertinho pra cima de todo mundo. Sério, de todos os cômodos do museu - que é pequenino - ecoava a voz da criatura.

Meu panfleto dizia que o percurso no museu era iniciado pela sala 'Nascimento da Nação', simbolizada pela espada de Artigas e pintura de Manuel Blanes representando o Escudo Nacional.

Depois haviam outras salas dedicadas aos presidentes com seus objetos pessoais, uniformes de gala, fotografias e móveis. E a coisa mais bizarra: um cachorro! Fiquei tão passada ao ver o bicho morto numa caixa de vidro que não consigo lembrar a qual presidente o animal pertencia. Nas salas seguintes são exibidos objetos do cerimonial do Estado, como louças, faixas, mais fotografias e um vídeo.

Curiosamente o querido Mujica ainda não tem a cara estampada nos quadros, sendo o presidente em exercício, o personagem mais recente do museu é seu antecessor Tabaré Vázquez.

Terminada a visita, atravessamos novamente a praça, cruzamos o Portal de la Ciudadela e começamos a explorar a Ciudad Vieja caminhando pela Peatonal Sarandí.


Passamos pela praça e igreja Matriz, mas a fome já apertava e fomos procurar onde comer. 

A maioria das pessoas quando vão a Ciudad Vieja almoçam no Mercado del Puerto, mas minhas últimas experiências não foram assim tão legais e aproveito para dizer que existem também bons restaurantes nas redondezas, inclusive oferecendo as famosas carnes uruguaias no menu.

Como é o caso do Estrecho, um restaurante que se você não estiver atento, passa pela frente e não vê. Uma fachada azul literalmente estreita, sem parafernálias chama-cliente, mas que deixou nosso dia muito mais gostoso. 

A proposta do lugar me agrada, não tem mesas, você come sentado nos banquinhos no balcão vendo todo o movimento do pessoal cozinhando. 


Não é o lugar mais barato, os pratos custam seus 300 e poucos pesos e não aceitam cartão, mas o cardápio é bem elaborado e a apresentação cuidadosa. Todos pedimos carne e ficamos super satisfeitos com o sabor, maciez e ponto. 

- Mas Jamile, então você quer dizer que o Mercado del Puerto não vale a pena? 

Não é isso que quero dizer, o Mercado é legal e vale a visita, principalmente se é sua primeira vez na cidade. Nessa mesma tarde passamos lá depois que comemos e nos divertimos, tiramos fotos, vimos como eles preparam as parrillas, coisa e tal


Só acho a comida cara, as piadinhas prontas dos garçons já me cansam (ok, não sou mais turista e talvez depois de ir muitas vezes tenha ficado cansada) e basicamente pelo mesmo preço que você paga aí, você almoça em muita parrilla top ou restaurante badalado de Montevidéu

Saindo do Mercado, apertamos o passo para chegar às 16h no Teatro Solís e pegar a visita guiada. 

Nossa primeira atração paga. Compramos as entradas a 50 pesos e pedimos a visita em inglês (um dos amigos é irlandês), para nossa surpresa eramos só nós três, fizemos um tour quase exclusivo.

A guia era bem simpática e contou muita coisa interessante sobre o teatro. O passeio começa na parte externa, fala-se um pouco sobre a história da cidade e a influência do teatro na sociedade de outrora. Depois seguimos para o interior do prédio e a visita terminou na sala de exposições do subsolo.


Eu já conhecia o Solís, já tinha feito a visita guiada e visto espetáculos, mas sinto sempre como se fosse a primeira vez. É impossível não se impressionar com a sala principal.

Para a experiência ficar melhor, só conferindo alguma apresentação, então fiquem atentos a intensa programação do teatro. As entradas costumam ter preços acessíveis e não saber espanhol não chega a ser uma desculpa, há muitos shows (recentemente a Maria Gadu e o Lenine se apresentaram juntos lá), peças infantis, musicais, etc.

E aí, vocês já cansaram de ler? Quase dividindo o post em duas partes porque ainda tivemos fôlego para atravessar toda a Ciudad Vieja e chegar ao Museo de las Migraciones. Outro museu chiquito e gratuito, também nesse esquema de 'tome o panfleto e se vire' rs.

Eles têm uma exposição permanente chamada Ir e Voltar: Exílio, Repatriação e Retorno, e pudemos ver também a mostra fotográfica 'Mujeres Migrantes Comparten Sus Secretos Culinarios' e uma exposição impactante que estava quase perdida num cantinho do museu sobre os  quase 100 anos do genocídio de armênios pelo Estado turco. 

Visitar esse museu foi uma experiência interessante, pois eu também migrei e é natural o tema mexer comigo, né? Bem verdade que minha escolha foi pautada numa decisão livre e feliz, não dá para comparar com as histórias de pessoas que deixaram seu país de origem por falta de opção ou imposição, mas no fundo é como se todos nós que saímos de casa tivessemos algo em comum. 

Deixamos o museu já anoitecendo e antes de voltar para casa fizemos outra paradinha para comer. Afinal quem resiste a uma vitrine cheia de masitas e bizcochos? Umas delicinhas que encontramos em quase toda esquina de Montevidéu nas padarias e confiterías


Não seria exagero dizer que dá para anotar como outro atrativo turístico: Confitería 25 de Mayo (rua de mesmo nome, número 655, esquina Bartolome Mitre). 

Para terminar o dia doce! ;)


P.S.: O texto ficou enorme, esse é um roteiro grande que vai ocupar pelo menos 6 horas do seu dia de turista. 

E não, não fizemos 'tudo' no Centro e Ciudad Vieja, voltamos depois, mas aí já é papo para os posts seguintes - que serão mais sucintos - rs.

Recapitulando, nessa tarde visitamos as seguintes atrações:




Boa viagem! ;)

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Quantos dias ficar em Montevidéu?

Muita gente comenta que Montevideo guarda uma certa nostalgia no ar, que possui um clima retrô agradável, como se tivesse parado positivamente no tempo, e eu concordo totalmente.

Fazer turismo em Montevideo é aproveitar as pequenas coisas do dia a dia, a sutileza dos detalhes, não recomendo a cidade para pessoas que associam viajar a comprar, que são amantes do luxo e glamour, a essas pessoas eu recomendaria Miami ou Punta del Este, por exemplo.

Montevideo é uma cidade pequena para nossos padrões brasileiros, mas nem por isso você deve conhecê-la em uma tarde como já vi pessoas sugerindo! 

Realmente em apenas uma tarde você pode constatar a existência de todos os pontos turísticos mais conhecidos na Ciudad Vieja, como o Mercado do Porto, Teatro Solís e a Praça Independência, e ainda consegue dar uma passadinha nas ramblas de Pocitos, mas esgotar as possibilidades da cidade aí é no mínimo um desperdício, e dizer que aqui não tem nada mais para fazer além disso é uma grande bobagem.

Não acho que exista uma regra de quantos dias ficar, depende de mil coisas, pois cada pessoa tem um estilo e ritmo de viagem diferente, e não dá para julgar qual é melhor! 

Minha primeira vez aqui foi super corrida, depois de quase 2 meses viajando pela Argentina, e faltando apenas 4 dias para voltar a Salvador eu resolvi que ti-nha que ir no Uruguay, coisas da minha teimosia que as vezes choca com meu bom senso. Daí passei 2 dias em Montevideo, 1 diazinho em Colonia e voltei para o Brasil.

Me organizei da melhor forma que pude e apesar do tempo escasso adorei a viagem - o que provou que tempo é relativo, não é porque você pelo motivo que seja vai passar 2 dias que necessariamente vá curtir menos a viagem, porém eu voltei consciente que tinha visto muito pouco e que voltaria um dia para explorar mais a área rs. 

A segunda vez que vim passei uma semana, e a terceira vez, bem, essa já faz mais de um ano! ;)



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